Em junho de 2018, começamos a coletar registros de tempo severo (rajadas de vento, granizo e tornados) no Brasil através de redes sociais e reportagens da mídia. Esses registros são colocados em uma planilha e verificados por um meteorologista, que atribui as coordenadas onde ocorreu o registro e estima o horário de ocorrência com base em imagens de radar e satélite. Essa base de dados é chamada de Plataforma de REgistros de Tempo Severo (PRETS). A imagem abaixo mostra os registros de 01/junho/2018 a 31/maio/2023 (5 anos completos). São mais de 30 mil registros (média de 6 mil por ano). Vale ressaltar que os registros de tornados na figura abaixo incluem trombas d’água, tornados que se formam sobre a água sem a presença de tempestades supercelulares.
A PRETS também faz parte de uma colaboração internacional na América do Sul para construir uma base de dados com ocorrências de eventos meteorológicos severos (SAMHI). A iniciativa conta com a participação de meteorologistas, pesquisadores e instituições da Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile e Brasil. Mais informações podem ser encontradas na página da SAMHI.
Este conjunto de dados é o primeiro no Brasil a mapear a ocorrência de tempo severo de maneira consistente e padronizada. Pelo fato de ser mantido por uma equipe de meteorologistas com experiência em tempestades severas, os dados têm alta qualidade e podem ser utilizados para as mais exigentes aplicações, como pesquisa científica.
Os registros de tempo severos podem ser utilizados para diversas aplicações, como:
- Planejamento governamental para mitigar danos causados por tempo severo;
- Avaliação das previsões e alertas emitidos por órgãos de meteorologia;
- Pesquisas científicas sobre tempo severo e eventos meteorológicos extremos.
Se você tem interesse em utilizar os dados, acesse este link.